Muitos psicólogos dedicam-se a estudar a evolução espiritual durante o desenvolvimento do ser humano. Acreditam que esta evolução é caracterizada por uma mudança da dependência dos ideais dos outros para a autonomia. Com isto, o indivíduo é capaz de quadrar os princípios abstractos da fé com a sua realidade do dia-a-dia.
Rogers ponderou que as pessoas têm uma tendência natural para crescer e se auto-actualizarem, estão sempre a renovar ideias, crenças, etc. Tornar-se pessoa é orientado, entre outros, para a direcção da autonomia. O caminho para a autonomia envolve em primeiro lugar liberdade. Ser adulto necessita de liberdade de escolha, sem se abstrair do que já é determinado, de fazer as suas próprias decisões e ser capaz de as realizar e executar algo sozinho: “ a pessoa madura (…) utiliza a mais absoluta liberdade quando espontaneamente, livremente e voluntariamente escolhe e deseja o que é também absolutamente determinado” (Rogers).
Para atingir a autonomia, os jovens adultos necessitam prioritariamente do apoio familiar, da versão igualitária e individualista da família. Contudo, a busca de ser autónomo marca a relação de “coabitação” entre os jovens adultos e os pais; esta constrói-se com negociações acerca das condutas no lar, criando assim consensos que permitem a construção de uma relação de igualdade. Concluindo que a autonomia é um indicador de saúde entre o jovem e a família como um todo.
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